A importância da vitamina D nas doenças autoimunes
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Sabia que apesar do nome “vitamina D”, esta não é uma vitamina, mas sim, uma hormona?
Esta tem inúmeros benefícios quando o assunto diz respeito a doenças autoimunes. Seguem-se alguns pontos importantes acerca desta “vitamina”:
A vitamina D regula positivamente o nosso sistema imunitário regulando os nossos genes. E como? De forma simples, quando a vitamina D entra em algumas células do nosso sistema imunitário, esta vai interagir com o nosso ADN, favorecendo a produção de células do sistema imunitário que vão produzir compostos que reduzem o ataque autoimune;
Isto significa que quando temos níveis adequados de vitamina D, o nosso sistema imunitário funciona bem. Já quando temos níveis baixos desta vitamina, isto favorece a desregulação do sistema imunitário, facilitando a resposta autoimune em pessoas geneticamente predispostas;
Por outro lado, a vitamina D ao interagir com o nosso ADN, faz aumentar a produção de compostos antioxidantes, sendo estes importantes para reduzir a inflamação do nosso organismo;
Tem-se verificado que baixos níveis de vitamina D são muito prevalentes em pessoas com doenças autoimunes, havendo vários estudos que correlacionam os baixos níveis de vitamina D com o aumento da severidade destas condições, nomeadamente a Psoríase, Artrite Reumatóide, Tiroidite de Hashimoto, Vitiligo, Espondilite Anquilosante, Doenças Inflamatórias Intestinais (Colite Ulcerosa e Doença de Crohn), Esclerose Múltipla e a Síndrome de Sjögren.
Quais são as fontes de vitamina D?
A exposição solar é a principal fonte. Deve-se ter em conta que os protetores solares e barreiras físicas (como vidro, acrílico, plástico) reduzem a nossa produção interna de vitamina D. No entanto, a exposição solar não deve ser exagerada!
Há também alimentos fornecedores de vitamina D. No entanto, estes fornecem quantidades baixas, pelo que a sua ingestão, por si só, não será o suficiente para colmatar uma deficiência de vitamina D.
Seguem-se algumas fontes alimentares:
Bebidas vegetais / laticínios fortificados
Peixes gordos (salmão, atum, sardinha…)
Ovos
Vísceras (fígado)
Quando os níveis de vitamina D se encontram baixos no nosso organismo, pode recorrer-se à suplementação.
Qual o valor ideal de vitamina D ?
Existe consenso de que a concentração ótima de vitamina D deva ser entre 30-50 ng/mL, mas no entanto, não podemos dizer que este é o valor ideal para toda as pessoas. Na minha opinião, 30 ng/mL ainda é um valor baixo para quem tem uma doença autoimune.
Suplementação
A vitamina D não deve ser suplementada sem primeiro fazer uma análise ao sangue. Devemos perceber quais os níveis atuais, que níveis de vitamina D queremos atingir e em quanto tempo para estipular a dose a tomar.
A suplementação deve ser sempre prescrita e vigiada por um nutricionista (ou outro profissional de saúde), pois doses elevadas no organismo podem conferir riscos para a saúde, nomeadamente, o excesso de cálcio no sangue.
Quando se faz esta suplementação, é igualmente necessário considerar outros nutrientes importantes que permitem a vitamina D desempenhar a sua função, nomeadamente o magnésio, ferro, vitamina B2 e K. Assim, deve ser avaliado se a alimentação de base fornece estes nutrientes e, caso haja suspeita e/ou défice comprovado através de análises clínicas, será pertinente potenciar a sua ingestão através da alimentação e, se necessário, considerar também a sua suplementação.